sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Curso lembra remoções forçadas de favelas

Descrição para cegos: Menino na favela da Praia Pinto, no Rio de Janeiro na década de 1960, ao lado de uma mulher mais velha em uma venda improvisada, construída com tábuas velhas, onde se veem pencas de bananas penduradas. A mulher segura uma garrafa.

O curso Histórias Vivas – O histórico de resistência das favelas do Rio de Janeiro relembra histórias de remoções forçadas na cidade. O objetivo da formação, que aconteceu no Museu da Maré em novembro, foi mostrar o surgimento das comunidades, quem foram os desaparecidos políticos favelados e onde moravam. Um documento da Comissão Estadual da Verdade do Rio revela que 100 mil pessoas foram retiradas de suas casas, muitas delas sob violência policial. O site Voze Rio divulga algumas histórias, além de dados das remoções e comentários de historiadores sobre a atuação policial na ditadura e nas décadas posteriores. Para ler, clique aqui. (Marina Cabral)

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A ditadura por Urariano Mota no Ocupa UFPE

Descrição para cegos: O escritor Urariano sentado em uma carteira escolar, gesticulando enquanto fala.

Dentro da programação da ocupação das universidades, muitos intelectuais têm sido recebidos pelos estudantes para diálogos sobre a realidade. Em novembro, o movimento Ocupa UFPE recebeu escritor e jornalista Urariano Mota, que falou sobre a dificuldade da escrita verídica dos acontecimentos na época da ditadura e o trabalho na imprensa. Entre os assuntos abordados, o despreparo dos jornalistas para abordar o tema da ditadura, mesmo alguns que viveram aquela época, a autobiografia de Fernando Gabeira, a entrevista de Geneton de Moraes Neto com Geraldo Vandré e a entrevista do Cabo Anselmo no Roda Viva. Para assistir à palestra, clique aqui. (Marina Cabral)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Pesquisa revela atuação do DOPS na ditadura

Descrição para cegos: a imagem mostra várias fichas criminais com fotos de presos segurando uma placa com número de identificação.
Na história da repressão aos movimentos sociais do Brasil, a sigla tem lugar destacado, mas não de forma relevante. DOPS podia denominar “departamento”, “delegacia” ou “divisão”, seguindo-se o complemento “de Ordem Política e Social”. Tanto no Estado Novo quanto na ditadura militar, tinha como competência o controle da produção de conteúdo e a repressão aos movimentos de oposição, muitas vezes transgredindo até a legislação do regime de exceção. No site do Jornal da UEM (Universidade Estadual de Maringá) está disponível uma matéria falando sobre a organização e funcionamento desse órgão de controle social. (Gabriela Güllich)

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

As filhas e os filhos das vítimas da ditadura

Descrição para cegos: Foto em preto e branco com quatro crianças posando para um fotógrafo. Pelas vestes, vê-se que é uma foto antiga.

Durante a ditadura militar, crianças foram conduzidas para o local de tortura do seu pai ou sua mãe para servirem como instrumeto de pressão adicional. Por isso, filhos de militantes ingressaram em um mundo de medo, fuga, perseguições e clandestinidade. Em seu depoimento tocante para a Carta Maior, Milton Pomar descreve sua infância e adolescência durante os anos de repressão. O testemunho de Milton traz uma perspectiva necessária para memória e verdade do nosso povo. Para ler o texto na íntegra, acesse o site. (Marina Cabral)

sábado, 3 de dezembro de 2016

Como beber dessa bebida amarga?

Descrição para cegos: a imagem mostra um desenho com o busto de Elizabeth Teixeira respingado com vinho. Por cima do papel está uma taça de vinho caída.
Por Gabriela Güllich

Pai, afasta de mim esse cálice

De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta”
       
         A música de Chico Buarque e Gilberto Gil sintetiza uma súplica por algo que se deseja ver à distância. Esse pedido serve tanto para o “cálice” de vinho tinto de sangue das vítimas de tortura, quanto para o “cale-se” imposto pela repressão. Seguindo a metáfora da música, a matéria apresenta uma série de ilustrações feitas em nanquim e vinho tinto. Baseada no material Compartilhando Memórias, cada ilustração traz consigo o relato de uma vivência sob a ditadura. 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Memórias da Ditadura

Descrição para cegos: a imagem mostra um recorte de jornal com a manchete "Terroristas já embarcaram: banidos 68 expulsos 2"
O site Documentos Revelados é um espaço de referência histórica que disponibiliza documentos, vídeos e fotos do período da ditadura. Na área reservada para imagens, o site organizou um acervo com registros de entrevistas, notas oficiais e até mesmo notícias plantadas pelos órgãos de repressão do regime. Esse material importante para estudiosos da comunicação de massa, jornalistas e historiadores pode ser acessado por este link. (Gabriela Güllich)

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Obras censuradas pela ditadura

Descrição para cegos: a imagem mostra as letras das músicas "Cálice" e "Bolsa de Amores", ambas carimbadas com a palavra "VETADO"
A revolução social e artística ocorrida no mundo entre as décadas de 1960 e 1970 se deu no Brasil de forma mais difícil do que na maioria dos países. Por aqui havia um severo sistema de vigilância controlando qualquer expressão transgressora, fosse por razões políticas ou “em defesa da moral e dos bons costumes”. Entre filmes, livros, músicas e até capas de discos, o site Hypeness elaborou uma lista com obras que foram censuradas por irem contra os padrões ideológicos ou morais impostos pelo Regime Militar. (Gabriela Güllich)

domingo, 27 de novembro de 2016

Retratos da ditadura no cinema brasileiro

Descrição para cegos: a imagem mostra um frame do filme "Pra frente Brasil", onde um homem está sendo retirado de uma cadeira elétrica por 4 outras pessoas
O site Brasil de Fato divulgou uma lista de filmes brasileiros disponíveis no YouTube que retratam a realidade do período militar no país. Essas produções trazem perspectivas diferentes e cumprem o papel de demonstrar o clima do qual a população brasileira estava refém. Como exemplo disso, dois dos roteiros expõem a utilização do futebol como disfarce da real situação enfrentada pela população. Um deles, intitulado Pra Frente Brasil, teve a exibição proibida por aproximadamente um ano, apesar do seu lançamento ter sido já no final da ditadura. Veja a matéria aqui. (Bianca Patrícia)

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Repressão e seus métodos

Descrição para cegos: a imagem mostra três policiais cercando um cidadão. Um dos policiais está montado em um cavalo enquanto os outros dois estão no chão. 

A ditadura militar teve como um dos meios de sustentação a forte repressão aos opositores. Essa repressão se dava tanto por meios legais, sustentados por uma legislação criada com esse objetivo, quanto ilegais. O portal Memórias da Ditadura, do Vlado Educação – Instituto Vladimir Herzog, foi criado com o intuito de divulgar a História do período de 1964 a 1985. Em um artigo rico em referências, é mostrado como o Estado combatia aqueles chamados de “subversivos”, uma repressão baseada em censura, prisões, tortura e desaparecimentos. (Gabriela Güllich)

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

"Qual Julinho? O da Adelaide"

Descrição para cegos: a foto mostra o desenho de um homem de cabelo ondulado e bigode, com duas cicatrizes no rosto, característica do personagem criado por Chico Buarque. Ao fundo, uma manchete de jornal: "O samba duplex e pragmático de Julinho da Adelaide"
Por Gabriela Güllich
Em setembro de 1974, Mário Prata, então repórter no jornal Última Hora, publicou uma entrevista com Julinho da Adelaide, compositor que vinha ganhando fama no espaço da MPB. Nessa entrevista, Julinho contou, entre outras coisas, como acabou ficando conhecido no meio artístico e de onde veio seu nome. “Eu me chamo Julinho da Adelaide porque todo mundo só me chama assim lá no morro. Acontece que a minha mãe é mais famosa do que eu lá no Rio. Minha mãe é célebre(...) O feijão branco dela é conhecido lá no morro. Então todo mundo perguntava assim: qual Julinho? O Julinho da Adelaide”.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Rato Miúdo

Descrição para cegos: a imagem mostra a capa do disco Refazenda de Gilberto Gil, composta por uma foto do cantor sentado no chão enquanto come, e sobre esse retrato foram colocados desenhos e outras fotos. 

Por Bianca Patrícia

Rato Miúdo é uma música escrita pelo compositor e também cineasta Jorge Alfredo Guimarães e gravada por Gilberto Gil. A canção deveria ter sido incluída no LP Refazenda, que Gil lançou em 1975, mas foi proibida pela censura mantida pela ditadura. Permaneceu praticamente inédita até que, no dia 18 de outubro, foi finalmente divulgada pelo próprio autor no YouTube.

sábado, 19 de novembro de 2016

Cildo Meireles e a arte como denúncia

Descrição para cegos: a imagem mostra uma nota de 1 cruzeiro carimbada com a frase "Quem matou Herzog?"
Por Gabriela Güllich

“A reprodução dessa peça é livre e aberta a toda e qualquer pessoa”. A frase era usada por Cildo Meireles ao final de suas produções. O artista defendia uma visão de arte enquanto meio de democratização da informação e da sociedade. Por esse motivo, seu trabalho apresentava uma notável preocupação social.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Jornal Versus: denunciando a opressão

Descrição para cegos: a imagem mostra uma das capas do Jornal Versus, onde o desenho de um homem com as mão ao lado do rosto é repetido várias vezes e embaixo dele está escrito: "Eu fui condenado à morte. (Confissões de um repórter argentino) Eu me condenei à morte. (Diário de um escritor peruano). Nós vivemos na morte. (A vida num hospício mineiro). Eduardo Galeano. Pereival de Souza. Michel Foucault: entrevista. João Antônio."

O jornal Versus foi um periódico bimestral alternativo criado pelo jornalista Marcos Faerman para denunciar a opressão que a América Latina vinha sofrendo em meio a ditaduras. O veículo era atrativo esteticamente, pela sua diversidade de textos, fotografias, quadrinhos e desenhos, e também cumpria a sua proposta de usar a cultura como forma de intervenção política. O site Marcos Faerman, criado em homenagem ao jornalista, disponibiliza algumas das edições do impresso. Veja aqui. (Bianca Patrícia)

terça-feira, 15 de novembro de 2016

O legado de Marighella


Descrição para cegos: Cartaz do ato em homenagem a Carlos Marighella, trazendo a imagem do político e os dizeres: "4 de novembro, 10:30h, Alameda Casa Branca, altura do nº 800. Homenagem ao Comandante Marighella, assassinado em 1969.
No último dia 4 foi realizado o ato Homenagem ao Comandante Marighella – Assassinado em 1969, lembrando sua morte há 47 anos. Sua memória e legado ainda são lembrados por militantes e movimentos populares. A matéria do site Brasil de Fato traz a história do político, bem como depoimentos de companheiros e da viúva, Clara Charf. Conheça a história dessa importante figura durante a ditadura e a sua atuação aqui. (Marina Cabral)

domingo, 13 de novembro de 2016

Rose Nogueira e a resistência

Descrição para cegos: a imagem mostra uma foto em preto e branco da jornalista Rosemeire Nogueira.

O site Memórias da Ditadura disponibilizou uma pequena biografia da jornalista Rosemeire Nogueira Clauset, antiga militante da Ação Libertadora Nacional (ALN) que foi presa durante o regime militar. Sua prisão ocorreu 33 dias após o nascimento do seu filho e no dia da morte de Carlos Marighella, líder da ALN e seu amigo. Esteve presa na mesma cela que Dilma Rousseff e trabalhou na TV Cultura com Vladimir Herzog. Conheça a sua história durante a ditadura e a sua atuação contemporânea na luta pelos direitos humanos aqui. (Bianca Patrícia)

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Antonio Benetazzo: arte tirada da clandestinidade

Descrição para cegos: a imagem é uma  pintura de Antonio Benetazzo que mostra um homem visto de frente fumando um cigarro.

Por Bianca Patrícia

Antonio Benetazzo foi um artista plástico e militante político que atuou com empenho durante a ditadura militar. Ativista do Partido Comunista Brasileiro, desde cedo, em sua vida acadêmica, mostrou-se muito engajado na atuação em movimentos estudantis e na política do país. Tal engajamento o fez, junto a companheiros de luta, criar o Molipo – Movimento de Libertação Popular – uma organização revolucionária guerrilheira que pode ter sido o principal motivo para o seu assassinato pelos militares em 1972.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

A ditadura em três minidocumentários

Descrição para cegos: a imagem mostra uma foto em preto e branco onde um policial segura um porrete apoiado nas costas.


O Instituto Vladimir Herzog disponibilizou em seu canal no YouTube três minidocumentários que relatam todo o processo do período ditatorial brasileiro. Com média de 8 minutos, os vídeos tratam desde a instauração da ditadura e seus precedentes, o ápice da repressão, estratégias da oposição, grandes lutas e personagens importantes, até o final do regime militar. (Bianca Patrícia)

Veja os documentários aqui:

sábado, 29 de outubro de 2016

Nova conquista das Avós da Praça de Maio

Descrição para cegos: a imagem mostra uma foto em preto e branco de um casal segurando um bebê.

As Avós da Praça de Maio – organização de direitos humanos que trabalha para a localização e restituição de crianças sequestradas ou desaparecidas na ditadura militar argentina – divulgou recentemente a recuperação de mais um neto perdido. O homem, que atualmente tem 40 anos, é um dos 121 netos separados de suas famílias durante esse regime autoritário. O site Brasil de
Fato trouxe um pouco sobre a história de seus pais e a respeito da emboscada que levou ao seu desaparecimento. Veja a matéria completa aqui. (Bianca Patrícia)

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O Pasquim: jornalismo criativo e de resistência

Descrição para cegos: a imagem contém um papel escrito "O Pasquim" e logo abaixo "a subversão do humor". 

Por Bianca Patrícia

O Pasquim foi um semanário alternativo brasileiro de grande importância na oposição ao regime militar que dialogou intensivamente com a contracultura à medida em que a repressão crescia no país. Foi idealizado no final de 1968 pelo cartunista Jaguar (Sérgio Jaguaribe), e pelos jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral.
Teve a sua primeira edição em 26 de junho de 1969, mesmo ano em que foi instaurada a censura prévia aos meios de comunicação no país. Resultou em um grande sucesso editorial: em seu auge chegou a alcançar uma tiragem de 200 mil exemplares.

domingo, 25 de setembro de 2016

V Colóquio Memória e Verdade, com o professor Rodrigo Freire

Descrição para cegos: imagem mostra Rodrigo Freire sentado diante de um quadro de vidro. Ele está falando olhando para a sua direita. Em primeiro plano aparece a câmera de filmagem e, no visor desta, a imagem do professor.

O professor Rodrigo Freire foi o convidado da turma de Jornalismo e Cidadania da Universidade Federal da Paraíba para o V Colóquio sobre Memória e Verdade, ocorrido no dia 8 de setembro de 2016. Ele é Presidente da Comissão Municipal da Verdade e Vice-Diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFPB. Graduado em História por essa universidade, também é mestre em Ciência Política pela UFPE e é doutor em Ciências Sociais – Estudos Comparados das Américas, pela Universidade de Brasília. Tem experiência com estudos nas áreas relativas a Democracia, Partidos Políticos e Eleições, História da Esquerda, Direitos Humanos, Desenvolvimento e Políticas Públicas. O Colóquio foi organizado por Bianca Patrícia, Gabriela Güllich e Marina Cabral.

CONFIRA O COLÓQUIO NA ÍNTEGRA:



1 - Justiça de Transição

O professor explica o que é justiça de transição e como ela começa no Brasil.





quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Aduf-PB publica palestra de Safatle no YouTube

Descrição para cegos: na foto retirada do vídeo, da esquerda para a direita estão sentados à mesa de debate Vladimir Safatle, o representante da Aduf-PB, Alexandre Nader, e a professora Rosa Godoy.

Quem perdeu a palestra do filósofo e professor Vladimir Safatle que teve como tema O Conservadorismo na Atualidade Brasileira já pode assisti-la no YouTube. A Aduf-PB, o sindicato dos professores da Universidade Federal da Paraíba, disponibilizou a gravação naquele site. A palestra ocorreu no dia 31 de agosto, dentro do projeto Realidade Brasileira e Universidade. Nela, o professor da Universidade de São Paulo (USP) analisou a situação política brasileira, estabelecendo o fim do que o Brasil conhece por “Nova República”. Confira o vídeo aqui. (Marina Cabral)

terça-feira, 13 de setembro de 2016

A música inerente à luta

Descrição para cegos: a imagem mostra a capa do LP
Cantata pra Alagamar, que é composta por três fotos de
camponeses reunidos e o nome da obra na parte superior. 

Por Bianca Patrícia

A Cantata pra Alagamar não se trata da utilização de uma luta como mero eixo temático para composições, mas da música como instrumento a serviço do povo para mudar ou resistir a uma realidade imposta. Sua história começa na fazenda Grande Alagamar, que abrigava centenas de pessoas que viviam do cultivo de suas terras. Com a morte do seu dono, Arnaldo Araújo Maroja, em 1975, a propriedade foi vendida, e os seus novos donos tentaram expulsar os agricultores que ali viviam. Observe-se que o país vivia sob a ditadura militar.
Deu-se início ao conflito: de um lado estavam os camponeses com apoio da igreja católica, intelectuais e militantes. Do outro estavam os novos donos das terras junto aos seus jagunços, pistoleiros e a Polícia Militar. A cantata tinha como propósito evidenciar o conflito que estava acontecendo em Itabaiana, indo contra a iniquidade que tentava suprimir o direito dos agricultores de continuar nas terras.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Nas ruas, contra o impeachment – ensaio de Gabriela Güllich


Descrição para cegos: imagem mostra fogueira feita por manifestantes para queimar fotos dos apoiadores do impeachment. No chão, estão sendo queimadas as fotos do senador Cássio Cunha Lima e do deputado Hugo Motta.

     Após a votação do Senado que aprovou o impeachment de Dilma Rousseff, o grupo Mulheres & Cultura na Paraíba organizou o ato “Manifestação contra o golpe!”, uma mobilização popular que teve concentração inicial na Praça da Paz e de lá seguiu para o campus da UFPB. Este ensaio registra parte do protesto.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Livro propõe discutir a ditadura na sala de aula

Descrição para cegos: livro "Direito à memória e à verdade: Saberes e praticas docentes" a capa contém uma jaula arrebentada e uma pomba voando

Por Marina Cabral

Na última quinta-feira (25), foi lançado na UFPB o livro Direito à memória e à verdade: Saberes e práticas docentes, elaborado pelas professoras Lúcia de Fátima Guerra Ferreira, Maria de Nazaré Tavares Zenaide e Vilma Lurdes Barbosa e Melo, com a colaboração de Márcia de Albuquerque e Carmélio Reynaldo Ferreira e ilustrações por Flávio Tavares.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

A ditadura brasileira e os quadrinhos

Descrição para cegos: charge de Henfil mostra uma multidão com faixas e cartazes escritos "Diretas já!", "O voto é nosso", "PQP", "Vote ou deixe-o", "Não ria de mim, Argentina", "FDP", "Aqui Teotônio", "Gaviões das Diretas" e "Queremos votar" encarando um único militar que segura um cassetete e grita por um megafone:"Voltem para suas casas! O povo é ilegal...".
    
 Apesar de toda censura e repressão, a ditadura não foi capaz de calar todas as vozes que gritavam por liberdade. Em meio ao regime militar de 1964, vários artistas deixaram sua marca se posicionando contra aquele ataque à democracia. Samir Naliato fez para o seu site Universo HQ uma lista de dez obras que abordam esse tema. A lista está disponível neste link. (Gabriela Güllich)

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O legado de Linda Bimbi

Descrição para cegos: a imagem mostra um desenho de Linda Bimbi feito por Gabriela Güllich

Linda Bimbi foi uma ex-freira italiana que lutou pelos direitos humanos. Educadora, atuava na linha de pedagogia freireana, apoiando marginalizados e perseguidos pela ditadura no Brasil. Nos anos 1970, participou da organização do Tribunal Russell II, para os crimes contra a humanidade cometidos pelos governos militares na América Latina. Serviu à Fundação Internacional pelo Direito e Liberdade dos Povos, e ao Tribunal Permanente dos Povos, além de ser responsável também pela escola de Jornalismo da Fundação Lelio e Lisli Basso. A pedagoga morreu no último dia 11, aos 91 anos. Em uma homenagem no Facebook, a professora Lúcia Guerra falou um pouco do legado de Linda Bimbi. (Marina Cabral)

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Transexuais: visibilidade na ditadura militar brasileira

Descrição para cegos: a foto mostra uma travesti deitada no chão sendo detida por dois homens.

Onde estavam as travestis durante a ditadura? Essa pergunta estimulou Helena Vieira, colaboradora da revista Fórum, a levantar questões de visibilidade e verdade sobre transexuais durante o regime militar no Brasil, reconhecendo a quase inexistência de estudos sobre o assunto. Contemporaneamente, a transexualidade vem ganhando espaço não só no que diz respeito às liberdades individuais, mas também no direito à memória como grupo culturalmente oprimido. Das violações sofridas até a atuação em grupos de resistência, a história ganha novos atores sociais a partir de um olhar mais atento ao passado, contextualizando esses indivíduos marginalizados e dando visibilidade e oportunidade para as suas vozes. A matéria ainda conta com trechos de relatórios da Comissão Nacional da Verdade (CNV) que mostram a situação que esses personagens enfrentaram no país. Confira a publicação aqui. (Bianca Patrícia)

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Lançada Frente Paraibana Escola Sem Mordaça

Descrição para cegos: foto mostra uma jovem amordaçada segurando o manifesto da Frente Paraibana Escola sem Mordaça.

Por Gabriela Güllich


Ocorreu na última quinta-feira (11/08), no Centro de Vivências da UFPB, o lançamento da Frente Paraibana Escola Sem Mordaça, que reúne sindicatos, entidades e organizações da sociedade civil, com o intuito de estimular uma mobilização democrática contra o movimento Escola Sem Partido.
Para o debate, foram convidados Fabiano Farias, coordenador nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, e Jacqueline Lima, professora da Universidade Federal de Goiás e diretora do Andes/Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior.

domingo, 31 de julho de 2016

Dzi Croquettes: herança cultural brasileira ignorada

Descrição para cegos - Cartaz do filme mostra perfil
de um dos integrantes do grupo Dzi Croquettes com
maquiagem exagerada e longos cílios postiços

Por Bianca Patrícia

Dzi Croquettes foi um grupo de teatro e dança que surgiu como um antagonismo no Brasil. O conjunto que enaltecia a ousadia artística em seus mais diversos sentidos iniciou suas atividades na fase considerada a mais opressiva da ditadura. Foi o período da instauração do AI-5 (Ato Institucional Nº 5), quando o governo autoritário militar, que havia assumido em 1964, dominou as liberdades individuais da forma mais rigorosa e violenta possível.
Em uma fase de maniqueísmo político muito parecida com a que vivemos atualmente, o conjunto, indo contra essa onda, trazia todas as pluralidades que uma pessoa pode carregar em si. Eram homens vestidos de mulheres que não se declaravam como nenhum dos dois sexos: eram pessoas. Andróginos, livres e à frente do seu tempo, foram uma lição e um sucesso da liberdade sexual que inspirou muitos e tem sido ignorado contemporaneamente.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Resistindo sem Temer

Descrição para cegos: foto mostra o auditório do CCJ lotado, tendo, em primeiro
plano, um grupo de mulheres mostrando cartazes com frases como  "Fora Temer",
"Nenhum direito a menos" e "Não ao golpe". 
Por Gabriela Güllich 
    
     Tem sido notável a atuação do movimento estudantil na campanha contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Isso é perceptível nas manifestações de rua, nas escolas e em eventos como o que aconteceu na última sexta-feira, no Centro de Ciências Jurídicas da UFPB, para o lançamento do livro A Resistência ao Golpe de 2016

domingo, 24 de julho de 2016

UFPB sediou lançamento de livro sobre o golpe contra Dilma

Descrição para cegos: foto mostra mesa do lançamento ocupada por cinco pessoas. Na frente da mesa, uma faixa com a imagem de um punho cerrado e o seguinte letriro: "Para barrar o ataque à educação pública - Fora Temer!"

Por Marina Cabral


       O lançamento de A Resistência ao Golpe de 2016 no auditório do Centro de Ciências Jurídicas, na noite da última sexta-feira, reuniu uma plateia ativa e convidados para uma mesa redonda em que elucidaram as diversas perspectivas do golpe. O livro, organizado pelos juristas Carol Proner, Gisele Cittadino, Marcio Tenenbaum e Wilson Ramos Filho, é o primeiro de três volumes que ainda serão publicados. A obra trata de esclarecer o golpe e seu aspecto parlamentar-midiático. A Diretora do CCJ, Maria Luiza Alencar, mediou a mesa de debates.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Vermelha por dentro

Descrição para cegos: foto mostra a entrevistada Maria Salete gesticulando enquanto fala.

Maria Salete Van der Pöel nasceu em Campina Grande, na Paraíba, na família Agra, uma das mais tradicionais daquela cidade. Na década de 1960, atuou na Juventude Estudantil Católica, na Juventude Universitária Católica e na Campanha de Educação Popular da Paraíba (Ceplar) alfabetizando jovens, adultos, presidiários e prostitutas o que lhe custou perseguições pelo regime militar. Professora aposentada da UFPB, ela atua na Educação de Jovens e Adultos com a Rede de Letramento da Paraíba (Releja), fundada por ela e seu marido, Cornelis Van de Pöel. A repórter Samara Mello a encontrou para uma conversa sobre seus anos de militância. Dessa conversa surgiu o curta Vermelha por Dentro, de produção de Samara e edição de Janaína Lacerda. O curta metragem sobre a história de Salete Van der Pöel você confere em seguida:

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Militar nomeado por Temer é crítico ferrenho da Comissão da Verdade


Descrição para cegos: foto mostra Sérgio Etchgoyen, ladeado à direita pelo presidente interino Michel Temer e, à esquerda, por um auxiliar do governo, em reunião.

Por Iago Sarinho
Instalada oficialmente em 12 de maio de 2012, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) publicou seu relatório final no dia 10 de dezembro de 2014. No decorrer desse processo de investigação, recolhimento de depoimentos e levantamento de dados, além da reconhecida atuação no restabelecimento da memória e verdade relativa ao período da ditadura militar brasileira, encontrou em seu caminho opositores e críticos, estes, normalmente ligados à famílias de acusados e investigados pela comissão.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Afonsinho, Nei e Caju: os desobedientes civis

Descrição para cegos: mostra, da esquerda para a direira, os jogadores Afonsinho, Paulo Cézar Cajú e Nei da Conceição com a frase "Barba, Cabelo e Bigode" escrita no centro da imagem. 
Por Edgley Lemos

Dentro de campo o trio formado pelos meias Afonsinho e Nei Conceição, além do atacante Paulo Cézar Caju, foi bicampeão carioca em 1967 e 68 e campeão da Taça Brasil de 1968. Fora dos gramados, eles eram considerados subversivos por suas posturas contestadoras diante da crescente influência do regime militar na gestão do futebol brasileiro. A história virou filme pelas mãos e o olhar do diretor Lucio Branco e chegou às telas recentemente.
Não é segredo que durante a ditadura militar brasileira os generais utilizaram o futebol como meio de promoção e de fortalecimento da estrutura de poder do regime. Fato parecido, aliás, aconteceu em outras ditaduras da América do Sul, o chamado Cone Sul, como na Argentina, Chile e Bolívia, por exemplo.

sábado, 18 de junho de 2016

Zuzu Angel: vida que permanece

Descrição para cegos: a foto mostra Zuzu Angel sentada numa mesa de centro com revistas ao seu redor.

Por Samara Mello

No dia 5 de junho, Zuzu Angel completaria 95 anos. Estilista e mãe, foi uma mulher com uma força e coragem singular. Nascida em Curvelo, Minas Gerais, mudou-se ainda criança para Belo Horizonte e lá começou os seus passos na costura criando roupas para as primas. Na juventude morou na Bahia, de onde carregou as cores e vibrações para suas criações. Depois de alguns anos, instalou-se no Rio de Janeiro com o marido e o primeiro filho, Stuart, e investiu tudo que podia em uma loja de roupas em Ipanema. Zuzu colocava em suas roupas elementos tradicionais da cultura brasileira e de seu folclore, como as rendas, chitas e estampas com imagens que remetiam à fauna brasileira.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Como a OAB mudou de posição perante a ditadura

Descrição para cegos: A foto mostra a aluna do curso de Direito Stephany  Yohanne, que pesquisou a atuação da OAB durante a ditadura (Foto: Felipe Ramos/Espaço Experimental) 
De apoiadora do Golpe Militar de 1964 a ferrenha crítica do regime. Essa foi a trajetória da Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, durante os anos de chumbo. Mas se no início a entidade apoiou o golpe por influência dos seus presidentes da época, quando o jogo virou e a Ordem passou a ser alvo de perseguição por parte do governo dos militares, a instituição teve papel fundamental na retomada dos direitos retirados pelos atos institucionais e também no processo de redemocratização. O papel da instituição durante a ditadura militar foi objeto de estudo de diversos pesquisadores por todo o país. Uma delas foi a aluna Stephany Yohanne, do curso de Direito da Faculdade Leão Sampaio, de Juazeiro do Norte. Ela foi entrevistada pelo programa Espaço Experimental e explicou um pouco do que conseguiu levantar de informações sobre a atuação da OAB durante esse período obscuro da história do nosso país. Confira a entrevista concedida por Stephany ao repórter Felipe Ramos aqui. (Edgley Lemos)

sexta-feira, 3 de junho de 2016

IV Colóquio sobre Memória e Verdade - com a professora Monique Cittadino

Descrição para cegos: foto mostra a professora Monique e a câmera
filmando-a, com ela aparecendo no visor

A professora Monique Cittadino foi a convidada da turma de Jornalismo e Cidadania da Universidade Federal da Paraíba para o IV Colóquio sobre Memória e Verdade. O encontro aconteceu no dia 6 de abril de 2016, e nele foram discutidas, entre outros temas, a atuação das Comissões da Verdade pelo país, a importância de se levar para as salas de aula as informações coletadas pelas comissões e um paralelo entre o contexto político e histórico do período pré-golpe de 1964 e a instabilidade política vivida atualmente, com a tentativa de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Monique Cittadino é chefe do Departamento de História da UFPB e integra a Comissão Municipal da Verdade. Graduada em História pela Universidade Federal da Paraíba, também é mestre em Ciências Sociais pela UFPB e é doutora em História pela USP. Tem experiência na área de História do Brasil, com ênfase em História da Paraíba, atuando principalmente com estudos sobre o período do regime militar iniciado em 1964. O Colóquio foi organizado por Edgley Lemos, Iago Sarinho e Samara Mello.

CONFIRA O COLÓQUIO NA ÍNTEGRA:


1 - Comissões da verdade

A professora faz um balanço da atuação das Comissões da Verdade em âmbitos nacional, estadual e municipal.


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Michel Temer quebra a autonomia da EBC

Por Iago Sarinho

Descrição para cegos: a imagem mostra o Diário Oficial da União com a Exoneração de Ricardo Melo do Cargo de Diretor Presidente da EBC circulada em vermelho.

Criada através do decreto nº 6.246 de 24 de outubro de 2007, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) controla uma rede de emissoras de radiodifusão públicas e de caráter educativo. A EBC aglomera em sua estrutura e sob a sua responsabilidade, entre outros veículos, a TV Brasil, a Agência Brasil e a TV NBR.
O estatuto social da empresa, regulamentado pelo decreto nº 6.689 em dezembro de 2008, determina um mandato de quatro anos para o Diretor Presidente, designado pela Presidência da República. É fixo e não pode coincidir com o mandato presidencial, de modo que se possa preservar a estrutura e linhas editoriais da empresa e seus veículos de forma minimamente independente do comando central da república e de eventuais modificações oriundas de processos eleitorais.