domingo, 24 de julho de 2016

UFPB sediou lançamento de livro sobre o golpe contra Dilma

Descrição para cegos: foto mostra mesa do lançamento ocupada por cinco pessoas. Na frente da mesa, uma faixa com a imagem de um punho cerrado e o seguinte letriro: "Para barrar o ataque à educação pública - Fora Temer!"

Por Marina Cabral


       O lançamento de A Resistência ao Golpe de 2016 no auditório do Centro de Ciências Jurídicas, na noite da última sexta-feira, reuniu uma plateia ativa e convidados para uma mesa redonda em que elucidaram as diversas perspectivas do golpe. O livro, organizado pelos juristas Carol Proner, Gisele Cittadino, Marcio Tenenbaum e Wilson Ramos Filho, é o primeiro de três volumes que ainda serão publicados. A obra trata de esclarecer o golpe e seu aspecto parlamentar-midiático. A Diretora do CCJ, Maria Luiza Alencar, mediou a mesa de debates.

O deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro Wadih Damous destacou que, assim como a maioria dos brasileiros, os deputados parecem não entender as questões técnicas por trás das pedaladas fiscais. Além de denunciar a mídia manipuladora controlada por cinco famílias, o parlamentar reconheceu o erro petista da não regulamentação das empresas de comunicação, o que evitaria o monopólio vigente e a concentração de poder nas mãos de poucas pessoas, capazes de manipular a opinião pública a ponto de desestabilizar um governo democraticamente eleito.
O debate também contou com a presença do Ministro da Justiça no governo Dilma, Eugênio Aragão, que considerou o país como doente, com “falência múltipla dos órgãos”. Ele também criticou a falta de estratégia da esquerda. “O que será feito se Dilma voltar? E o que será feito se ela não voltar? ” – indagou, dando como exemplo a falta de união para viabilizar uma candidatura à presidência da Câmara Federal.
Lucas de Belmont, estudante de Relações Internacionais e militante petista, avaliou o encontro como enriquecedor do ponto de vista acadêmico-intelectual, com a presença do deputado e do ministro.
Ele lamentou a impossibilidade de o debate ser levado ao grande público para intensificar a resistência. “Um ponto que os dois tocaram foi que o povo só se atentará ao golpe depois que o estrago já for muito grande para ser reparado. Por isso, a necessidade de resistir desde já e insistir no retorno do Estado democrático de direito, expresso pela volta da Presidenta eleita ao seu cargo. ”
O público, além de lotar o auditório do CCJ, ocupou o hall do centro, onde foi montado um telão para a transmissão do evento. O livro estará disponível para venda em João Pessoa a partir do dia 12 de agosto, na Livraria Leitura, no Sebo Cultural e na Livraria do Luiz. 

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